Nathally Amariá, tem
22 anos, é cabofriense, sol em sagitário. Trabalha com produção, é atriz e palhaça. Faz parte
do grupo TCC – Teatro Cabofriense de Comédia e Cidade de Palhaços. Faz faculdade de artes visuais e tem seu
famoso "Varal do Beijo", onde faz curadoria e expõe obras de artistas
da região, em evento locais.
Escreve poemas, peças
de teatro e é apaixonada por haicai, estilo de poesia oriental. É secretária do
curso de teatro Oficena, e vive a vida cultural de Cabo Frio onde é possível
experimentar e levar adiante seu exercício artístico.
Participou como atriz
e trabalhou na produção do videoclipe "Alma Lavada" dirigido por
Jiddu Saldanha e com autoria de Paulo Ciranda e Marco Valença. Um vídeo
comemorativo dos 10 anos do projeto Cinema Possível.
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Nathally Amariá, no teatro Municipal de Cabo Frio - Antes de entrar em cena, FOTO: Manuela Ellon |
Cine Clipe Musical – Fale um pouco da tua vida artística,
como começou e quais as suas aspirações.
Nathally Amariá – Sempre gostei muito de ler e escrever e a
literatura desenhou o meu destino. Comecei a fazer teatro em 2013, no Teatro
Municipal de Cabo Frio, no Curso Livre de Teatro – OFICENA, curso esse que fui
convidada para secretariar, desde 2014. Nesse mesmo ano também surgiu o meu
grupo, TCC – Teatro Cabofriense de Comédia, onde dedico boa parte de minha
atividade artísticas, atuando, escrevendo, dirigindo, e o FESTSOLOS, festival
de solos que produzo com uma equipe magnífica . Em 2015 surgiu a querida "Cidade
de Palhaços" que tem me trazido muita alegria, com oficinas incríveis e cortejos
inspiradores.
Sempre estou na
ativa, envolvida com alguma produção, ideia, sonho. E fui presenteada com esse
projeto lindo que é o Cinema Possível, todo mês fazemos sessões do cineclube
mais antigo da região, o Cine Mosquito. E lá pude desenvolver meu trabalho
visual e de curadoria artística.
Tudo mudou muito
rápido na minha vida desde que eu entrei para o teatro, fui invadida por uma
energia incontrolável de realização. Tornar as coisas possíveis é o que me
move.
C.C.M. - CC - O
que é arte pra você?
N.A. – Pergunta difícil,
né? O que não é arte? É muito relativo, mas acredito que arte é tudo aquilo que
dizemos que é arte, quando fazemos com as vísceras, a alma, e depositamos um
valor emocional, histórico, cultural, etc.
Durante as gravações do videoclipe "Alma Lavada" Foto: Camille Miranda |
Arte é fé, é
esperança... Costumo dizer que a arte é a personificação da esperança. É aquela
energia que faz a gente acordar e ver que tudo pode mudar quando vemos a vida
com outros olhos, os olhos da arte.
Podemos ser
pessimistas, realistas ou otimistas. Eu escolhi ser artista!
C.C.M. – O que
mais te emociona e faz feliz?
N.A. – Estar viva. Agradeço todos os dias pela
oportunidade de viver tudo o que vivo, com as pessoas que vivo, da forma que
vivo.
Viver é um milagre, e
isso me emociona, me faz feliz.
C.C.M. – Quais
seus livros, músicas e filmes preferidos?
N.A. – Sempre li muito,
venho de uma família de musicistas e sou
uma cinéfila de carteirinha (aprendi com minha vó).
Um livro que me tocou
muito e mexeu profundamente comigo foi “O Mundo que Virá” de Dara Horn, um
livro totalmente lunático, que mistura os assuntos que mais amo nesse mundo
(literatura, história, arte), foi onde me apaixonei por Marc Chagal e decidi que eu
também poderia ser uma Artista Visual.
Minha relação com a
música é muito particular, pra mim tudo é música, desde o barulho de passos até
concertos instrumentais. O som está por toda parte e é impossível fugir dele,
então que vire música.
De uma forma geral
gosto da arte local, da arte alternativa, de músicas, livros e filmes
produzidos de forma independente e que promova e faça circular muita arte de
verdade.
Durante as gravações do videoclipe "Alma Lavada" - Foto: Camille Miranda |
C.C.M. - Como foi,
para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma
Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?
N.A. – Foi incrível,
mágico. Um momento doce e muito divertido. Primeiramente é uma honra fazer
parte da biografia, e ter também na minha biografia, esse projeto incrível que
é o Cinema Possível. Essa lance de tornar as coisas possíveis realmente é a
minha praia.
"Alma Lavada" é uma
música que fala do amor mais verdadeiro que possa existir, um amor livre de
preconceitos, posse, aprisionamentos. Fala de um amor possível, o amor que eu
acredito, o amor que vem para lavar a alma.
E a sacada para o
clipe foi precisa.
De forma sutil falamos sobre a mulher e suas lutas diárias
contra todo tipo de opressão pelo simples e único fato de ser mulher. São mulheres que estão se reencontrando consigo mesmas, que se curtem,
se amam, e estão dispostas a lutar para viver um amor, uma vida, sem
sequestros de si.
É um clipe que toca
na alma, de forma sutil e leve nos conduz para uma reflexão linda, de cura e
cheia de prazer.
Assista o videoclipe: "Alma Lavada"
VEJA O NOVO VIDEOCLIPE COM NATHALLY AMARIÁ.
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