segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Entrevista relâmpago com Andreza Ferreira

 Nascida e residente em São Pedro da Aldeia. Andreza Ferreira estudou teatro no OFICENA - Curso Livre de Teatro de Cabo Frio. Atualmente, estuda pedagogia na UERJ em parceria com a CEDERJ. Tem 20 anos.


Escolhendo o melhor ângulo: Foto - Camille Miranda


Cine Clipe Musical – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Andreza Ferreira - Minha vida artística começou quando passei a escrever textos e poesias. Me inspirava muito em minha mãe, pois ela vivia escrevendo. Sempre gostei muito de música, tocar bateria e escrever. Em 2013 eu entrei pro oficena e passei a gostar, também, de fazer teatro. Atuei em algumas peças do OFICENA, e integrei um dos elencos de "O Inspetor Geral", de Nikolai Gógol, dirigido pelos professores Italo e Jiddu.

C.C.M - O que é arte pra você?

A.F. - Arte vai muito além de um nome ou algo que a especifique. São diversidades, é o silêncio, é o olhar pra dentro de si e se conhecer, saber de sua significância. Tudo é arte. O que diferencia isso é o nosso olhar pras coisas.

Preparativos para gravar: Foto - Camille Miranda
C.C.M – O que mais te emociona e faz feliz?

A.F. - Ouvir música me emociona e me faz bem feliz.

C.C.M. – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

A.F. - Sou bem eclética e depende bem do momento que estou vivendo.
Agora eu poderia ler "O Diário de Anne Frank", assistir "Hair" e ouvir quase tudo de Alceu Valença!

C.C.M. - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

A.F. - Foi muito gostoso. Como é bom me juntar a esse pessoal, rir, brincar, jogar água no rosto e ao mesmo tempo, trabalhar com eles.
Me surpreendi ao ver o videoclipe, adorei o resultado, adorei a montagem.

Assista o vídeoclipe "Alma Lavada"!


sábado, 14 de janeiro de 2017

Entrevista relâmpago com Marco Valença.

Como se define Marco Valença por ele mesmo? 

"Se for para me definir em uma palavra digo que sou, essencialmente, poeta. Quando fotografo, escrevo um roteiro, leio um texto, canto, faço letras de canções, produzo um show, um disco, um livro ou uma exposição, ainda assim sou poeta. Uma pessoa que trabalha com palavras e pelas palavras, mesmo quando a matéria é uma imagem, um som ou um objeto, em meu trabalho a poesia está presente."

Marco Valença.
Cine Clipe Musical – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Marco Valença - Nunca fui, e não sou, um profissional da arte. Mesmo com canções gravadas comercialmente, livros editados, exposições de fotografias, sustentei a vida fazendo produção de vídeos, eventos e espetáculos, estes sim voltados para a literatura, teatro, dança e, principalmente, música.

Comecei a escrever na escola e nunca mais parei. Meu primeiro poema publicado data de 1969. Devo a Magnólia Brasil e a Hermínio Bello de Carvalho os primeiros grandes incentivos para seguir criando.


C.C.M.  - O que é arte pra você?

M.V.  - Como disse o querido poeta Ferreira Gullar: "A arte existe porque a vida não basta". Quando um artista cria uma obra, ele próprio se recria e também à vida. A partir de cada momento de criação, nunca mais a vida será a mesma, muito menos o artista.

C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

M.V. -  A expressão humana brotando da arte sincera, bela e sem medidas. E também a generosidade da natureza em água, terra, fogo e ar, vegetal, mineral e animal.

C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

M.V. - Impossível definir isto. Não dá nem pra justificar por quê. Só a riqueza incomensurável da música popular brasileira...

C.C.M.  - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

M.V. - Na verdade, a notícia de que Alma Lavada, canção minha e de Paulo Ciranda, parceiro em centenas de canções, me pegou de surpresa. Não sabia do projeto. Agradeço a Jiddu Saldanha & Cinema Possível a escolha de nossa música como tema do vídeo. Gosto muito, vibro e aplaudo o belo trabalho que vocês todos construíram. Meu abraço.

Para conhecer a arte de Marco Valença: www.marcovalenca.com

Assista o Clipe


Entrevista relâmpago com Rafaela Medeiros.

Rafa, como é carinhosamente conhecida, tem 21 anos, nasceu no subúrbio carioca, mas desde os 7 anos vive na Região dos Lagos, onde considera seu lar. Atualmente faz parte do programa Jovem Aprendiz da Auto Viação Salineira e esta na reta final da graduação em Produção Cultural, na UFF. Coisas que ela não abre mão em sua vida são: Sua fé, família (parentes e amigos), a cultura, a natureza e todas as coisas que acredita e luta.


Rafa dedica-se à produção e faz as coisas acontecerem na vida dos
artistas da cidade. Foto: Camille Miranda.

Cine Clipe Musical – Fale um pouco da tua vida profissional, como começou e quais as suas aspirações.

Rafaela Medeiros – Apesar de não praticar nenhuma atividade artística, tenho uma relação muito próxima com a arte por causa da profissão que escolhi. Tudo começou quando escolhi fazer Produção Cultural, até então minha única relação com a arte era através de ouvir música. Na faculdade tive a oportunidade de conhecer e estudar sobre as mais diversas áreas artísticas e assim fui me apaixonando por cada uma delas. Hoje em dia não vivo sem arte e espero poder trabalhar sempre produzindo cultura. Quero poder dar cada vez mais oportunidades de mais pessoas conhecerem, apaixonarem-se e se transformarem pela arte, assim como aconteceu comigo.

C.C.M. - O que é arte pra você?

R.M. – Arte é algo muito maior que nós para que possamos rotular, mas creio que é exatamente isso que torna a experiência artística algo tão pessoal e único para cada um, e isso é lindo! Arte pra mim é tudo que me transforma em alguém melhor. Eu vejo arte em tudo que me toca a alma e o coração. Arte está na simplicidade da vida! Sempre digo que a arte é uma das coisas que faz eu me sentir viva nesse mundo, e não somente existindo.


A Observação dos detalhes, para saber se tudo caminha bem é o trabalho
de uma produtora dedicada. Foto: Camille Miranda.
C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

R.M. – Minha fé, minha espiritualidade, as pessoas que amo e a reciprocidade que existe nessas relações, a cultura como um todo, a arte, a natureza, e lutar pelas coisas que acredito. Sem dúvidas são essas coisas que mais tento cultivar em minha vida, é o que me faz feliz e estar viva. A busca constante por SER, muito mais do que ter, quero sempre ser!

C.C.M. – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

Rafaela Medeiros, cuidando dos detalhes da atriz Andrezza
Ferreira, antes de entrar em cena. Foto: Camille Miranda.
R.M. – Ultimamente tenho lido e visto bastante documentários sobre diversas religiões, apesar de ter minha crença, gosto de conhecer todas as religiões e tirar coisas boas de cada uma. Gosto de filmes que mesmo depois que acabo de assistir, seguem vivos em mim e me fazendo pensar. Um filme que me marcou e emocionou muito por falar de um assunto tão sério de uma forma tão leve e impactante é “Histórias Cruzadas”. E sobre música, sem dúvidas é uma das coisas que tem mais poder sobre mim. Amo a música brasileira, todos os seus ritmos, toda sua história, é um dos meus maiores orgulhos. Apesar de amar a música brasileira como um todo, tenho uma relação muito especial com o samba, sou apaixonada!

C.C.M. - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

R.M. – Foi incrível, pois como produtora cultural quero ter contato com todos os tipos de produção artística. Eu nunca tinha tido oportunidade de trabalhar na produção de um videoclipe, além de uma experiência linda, foi um aprendizado enorme e com certeza quero trabalhar sempre com esse tipo de produção. Sinto muita gratidão pela oportunidade! O mais importante pra mim em participar desse trabalho, é que claramente o maior recurso que tínhamos no set de filmagem era o amor pela arte e a vontade de estar ali de cada um. Os recursos técnicos eram muito limitados, mas os recursos humanos eram muito ricos, essa é a beleza da arte independente e o que mais me emociona em fazer parte desse projeto.

Assista o Vídeo




NOVO VÍDEO COM RAFAELA MEDEIROS

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Entrevista relâmpago com Nadir Pires.

Jovem atriz de São Pedro da Aldeia, ela estudou no OFICENA, em 2016, foi conquistando o coração da galera e agora faz parte, entre outras, das atividade do TCC - Teatro Cabofriense de Comédia. Vamos conhecer quem é Nadir Pires, esta entrevista relâmpago para o blog Cine Clipe Musical.

Nadir Pires após gravação, no set de filmagem do videoclipe "Alma Lavada"
Foto: Camille Miranda.
Cine Clipe Musical  – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Nadir Pires - Desde que me entendo por gente tenho o sonho de ser atriz. Nunca tive acesso à nenhum tipo de cultura quando era criança, na minha cidade não tinha teatro, meus pais nunca me incentivaram a leitura, não tínhamos dinheiro e nem costume de ir ao cinema. Nas escolas em que frequentei não tinham nenhum projeto ligado a arte. Meu único contato com esse mundo era através da televisão que foi a semente que plantou esse grande sonho no meu coração. E tentando resumir porque já escrevi demais, depois de muito lutar; aparece um anjo na minha vida, que não só apoiou o meu sonho, mas me impulsionou a realizá-lo, pagando minha primeira aula de teatro que fez com que já no primeiro dia confirmasse que jamais seria feliz fazendo outra coisa na vida. Foi no ano de 2014, desde de então nunca mais parei.


Dando os ultimos retoques, antes de entrar em cena.
Foto: Camille Miranda
C.C.M - O que é arte pra você?

N. P. - A arte pra mim é uma forma de expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de várias formas, como música, escultura, pintura, cinema, dança, poesia ou qualquer outra forma de pôr para fora o que existe dentro de cada um de nós.

C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

N.P. - A bondade nas pessoas me emociona, qualquer gesto de bondade, por menor que seja, faz tanta diferença, infelizmente é algo tão raro que quando eu me deparo com certas atitudes, dou muito valor. A natureza em toda sua magnitude me faz feliz, entrar no mar, contemplar o céu mesmo quando está cinzento me faz feliz!

Construindo narrativas ao lado de elenco primoroso.
Foto Still - Camille Miranda
C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

N.P. - O meu livro preferido não poderia deixar de ser aquele que mudou a minha vida. O livro "O Segredo" me fez olhar para o mundo de outra maneira, eu realmente descobri o segredo para ter uma vida mais leve com energias positivas e consequentemente me sentir mais feliz.
Quanto à música não tenho como dizer. Sou livre de preconceitos quanto a isso. Escuto de tudo, se me faz sentir algo bom, faz sentido.         

C.C.M. - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

N.P. - Participar de uma comemoração por si só, já vem com uma energia boa. Agora juntando pessoas que se gostam não teria como o resultado ser diferente: puro amor. Foi minha primeira experiência fazendo um clipe, então com certeza, marcou a minha vida! E fazer parte da história de um projeto tão bonito e que faz acontecer só me faz ter um único sentimento: gratidão...

Assista o videoclipe





DIVIRTA-SE COM O NOVO TRABALHO DE NADIR PIRES



Entrevista relâmpago com Camille Miranda.

Camille Miranda tem 18 anos está completando o curso de Petróleo e Gás, no IFF – Cabo Frio. É ariana e no momento está apaixonada  por fotografia. Ama cinema, teatro e artes em geral. Também gosta muito de inovações tecnológicas, descobertas na física e astronomia.  
No videoclipe "Alma Lavada" ela integrou a equipe técnica, fazendo fotografia de registro e STILL.

Camille Miranda - Foto: Jiddu Saldanha
Cine Clipe Musical  – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Camille Miranda – Comecei propriamente em 2013 quando tive meu primeiro contato com o Teatro no curso livre OFICENA. Escrevia poesias e esquetes, além de me dedicar ao trabalho de atriz. Pretendo continuar na produção artística com qualquer projeto que tenha um lugarzinho para mim, seja em fotografia, atuação, contra-regragem, etc...

C.C.M. - O que é arte pra você?

C.M – A arte é o mundo visto pelo olhar sensível de quem quer que seja. A arte está ali, em cada canto e em cada esquina, basta apenas um olhar (metafórico ou literal). Se te fez sentir alguma coisa, seja pelo belo ou estranho, cumpriu seu papel máximo, o fazer do sentir. Perceba a arte e ela se fará presente. Não é exatamente o que você faz, mas a troca que se tem entre você e o sentimento.

Sonhar e ajudar a realizar sonhos é o que Camille curtiu fazer durante as
filmagens de "Alma Lavada"!
C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

C.M. – Difícil. Costumo me emocionar com melodias, não necessariamente música cantada, me emociono com histórias... Mas depende, tudo é muito fluído, o que me faz chorar hoje pode não fazer amanhã. A mesma coisa com a felicidade. A felicidade é feita de momentos. E esses momentos são aqueles que ficam na memória.  De qualquer forma, eu fico muito feliz em poder conversar com alguém em um dia bom.

C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

Camille Miranda - Foto: Jiddu Saldanha
C.M. -  Não sou muito adepta de coisas favoritas, mas de qualquer forma a lista de coisas que eu gosto muito é grande.

C.C.M. - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

C.M. – Foi incrível! Sei nem o que dizer. Fotografar, participar dessa experiência com pessoas tão dispostas e amáveis, foi lindo, e a música é singela, tocante e doce como um abraço. Lindo, ainda mais em comemoração aos 10 anos de um projeto maravilhoso, no qual não há barreiras para quem quer sonhar.

Assiata o videoclipe 


Entrevista relâmpago com Celso Guimarães Júnior.

Celso Guimarães Júnior, 24 anos, é cabofriense, licenciando em Biologia. Conheceu a arte em seu modelo livre em 2014, se apaixonou e agora já não se vê fazendo nada sem a influência do fazer artístico. É apaixonado por  Cabo Frio e quer contribuir para mantê-la no mapa artístico do país.
Prestativo, e sempre focado no trabalho, Celso foi uma das grandes alegrias no set de filmagem do
videoclipe "Alma Lavada", comemorando 10 anos de Cinema Possível. Foto: Camille Miranda.

Cine Clipe Musical  – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Celso Guimarães Júnior  – Conheci o teatro através do OFICENA- Curso Livre de Teatro de Cabo Frio, onde até hoje estudo e onde conheci o TCC- Teatro Cabofriense de Comédia,  grupo do qual sou membro,  já fiz algumas oficinas e vivências que envolvem essa modalidade de arte, e espero realmente me tornar um profissional de sucesso.

 C.C.M. - O que é arte pra você?

Com a equipe de filmagem, vivendo a experiência de set no projeto Cinema Possível - 2017. Foto: Nathally Amariá. 
C.G.J.  – ainda não sei definir, mas me parece uma visão sobre a vida e suas circunstâncias, sem regras, limites, e valores pré-estabelecidos.

C.C.M.  – O que mais te emociona e faz feliz?

C.G.J.  – Poder, através do que eu acredito, tocar as pessoas.

C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

C.G.J.  – A volta ao mundo em 80 dias, Percy Jackson, Lei da Guerra, VIDA, Tempo Perdido, Numb, The Wall, Senhor dos Anéis, Transformes, Tropa de Elite, Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain … não sei mais, muitos títulos.

C.C.M.  - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?


C.G.J.  – Um aprendizado com água, farinha e diversão.

Assista o vídeo.




CURTA O NOVO TRABALHO DE CELSO GUIMARÃES



quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Entrevista com Paulo Ciranda co-autor da música Alma Lavada.

Um artista que caminha pela terra, lavrando sua música, mostrando sua arte e, sobretudo, participando da vida musical brasileira, a partir de seu cantinho, onde vive, em Itaipu, Niterói. Nascido em São Fidelis, Paulo Ciranda sempre primou por boas parcerias, dentre os quais, se destacam: Artur Gomes, Byafra, Chris Herrmann e Marco Valença.  
Sobre ele, a musicista e poeta Chris Herrmann, escreveu: 
"Paulo Ciranda é um dos compositores mais incríveis e fascinantes que tive a oportunidade de conhecer. E que voz maravilhosa... Um privilégio ter sido sua parceira em várias canções. Ele parece ser feito de música em cada célula do seu corpo e de sua alma."
Vamos, então, conhecer um pouco mais sobre este artista singular, nesta entrevista que inaugura os 10 anos do projeto Cinema Possível, com o lançamento da música Alma Lavada!

Paulo Ciranda, curtindo a paz em Itaipu, Niterói - RJ
Cine Clipe Musical 
- Fale como você começou sua vida artistica?

Paulo Ciranda - Que eu me lembre, lá pelos 8 anos de idade, brincando sozinho jogando uma bola furada na parede, comecei a perceber que cantava e assobiava coisas que nunca tinha ouvido, aquilo virou habitual, algumas melodias eu guardava de tanto repetir, outras eu esquecia.
Aos 9 anos, meu irmão mais velho, o Zilmar, que era técnico de gravação da gravadora Odeon, levou em nossa casa lá em São Fidélis, norte do RJ, o Iam Guest (professor, compositor, enfim um catedrático da música), ele me deu uma flauta doce de madeira e me ensinou a tocar umas músicas folclóricas, foram embora pro Rio e voltaram depois de uns 6 meses, eu já estava fazendo arranjos nas músicas que o meu outro irmão Carlinhos tocava no violão. Nesse mesmo ano fiz minha primeira apresentação numa festa do grupo escolar Barão de Macaúbas, cantando a música “A Banda” de Chico Buarque, acompanhado pelo grande violonista fidelense Carlos Alfredo.  (até aqui, respondi a primeira pergunta, mas viajei a seguir contando o seguimento da história até um certo ponto)
Continuei a brincar, cantar e assobiar coisas estranhas, até que lá pelos 12 ou 13 anos comecei a tocar violão que o Carlinhos me ensinou algumas notas.
Um dia, alguém levou na minha casa o poeta Antonio Roberto Fernandes  para  conhecer minhas músicas, ele foi com um gravador cassete, gravou e fez letras para 5 músicas, 1 ano depois, entramos no Festival de música de São Fidélis, ficamos em 4º e 5º lugares com as músicas "Ciranda" e "Lagosteiro". Daí  pra frente foram muitos festivais em várias cidades da redondeza e até no Rio de Janeiro. Aos 16 anos fui fazer o 2º grau em Campos dos Goytacases e comecei a parceria com o Artur Gomes; também participamos de muitos festivais. Fiz músicas pra peças de teatro, participei de um jogral junto com o saudoso Kapi que também dirigiu nosso primeiro show no Teatro de Bolso.
Fui pro Rio estudar engenharia, fiquei só 1 ano na faculdade. Larguei e fui pra São Paulo morar com o meu irmão, Zilmar, e estudar música (flauta transversa), conheci o grupo “Terra Sol” do qual vim a fazer parte no final da década de 70 até 1980; fazíamos apresentações em todo o estado SP pela secretaria de cultura. Participamos do programa FM Inéditos da rádio Eldorado e muitos outros eventos.
Voltei pro Rio em 1981,  conheci o Byafra que gravou a música “Ave da Paz”, parceria que fiz com o Artur Gomes, a música não fez sucesso, passei 2 anos brabos, vivendo com a ajuda de amigos.
Em 1983, Byafra estourou uma música que fizemos juntos “Aguardente”. Na época ganhava-se um dinheirinho melhor com direitos autorais e execução em rádio e TV; deu até pra eu comprar uma casinha em Itaipu-Niterói. Mas só deu pra casa, ficou faltando a estrutura, então voltei a dar aulas e tocar aonde dava pra ganhar o “que houver” (couvert) rsrs. Houve um período em que eu vivia com a artista plástica Milena Baul Azevedo, que tivemos que fazer biscoitos amanteigados, pães, panetones e otras cositas más para sobrevivermos...

CCM - Fale um pouco da música "Alma Lavada" e também da sua parceria com Marco Valença.

PC - É uma entre as 200 parcerias que tenho com o poeta Marco Valença, não tenho mais o que dizer além do que já está na letra da canção... Nosso amor tem de ser de lavar a alma, de lavar a roupa suja, sem dita dor, sem dita cuja, nosso amor tem que haver... Ele me manda letras ou poemas que raras vezes mexo em alguma coisa, mais para encaixar na métrica musical, às vezes fazemos o contrário, eu mando as melodias e ele encaixa as palavras.

Uma vida plena de arte, muita luta e significado.
CCM  - Como você o panorama da música hoje, face à sua geração. Alguma coisa mudou?

PC- Tudo muda constantemente, a gente tenta se adaptar um pouco, mas tem coisas que são impossíveis, pelo menos pra mim. Meu panorama hoje para divulgação do meu trabalho, está limitado à Internet e escassas apresentações em reuniões promovidas por amigos e centros de cultura.

CCM - O que um artista precisa fazer ser reconhecido no seu trabalho, na sua linguagem?

PC- Ser verdadeiro. Em outras palavras, acima de tudo ser ele mesmo.


*
Paulo Ciranda, é o meu primeiro e grande parceiro.
com ele minha poesia começou a se transformar em palavra cantada,
e com ele fui premiado em todos os Festivais de Música
que aconteceram em cidades do Estado do Rio
nas décadas de 70/80. E continuando nossa parceria
brevemente lançaremos um CD que
se encontra em fase de produção.

Artur Gomes - Peta e Produtor Cultural

*

CCM - O que você teria a dizer para os jovens músicos, as novas gerações?


"Turma do Campo", num almoço preparado por sua mãe, durante o Festival de Música de São Fidélis - 1974.
PC - Tá difícil dar conselho para novas gerações, mas se o talento é nato, não tem outro jeito senão acreditar em si e ir à luta.

CCM - Quem é Paulo Ciranda por Paulo Ciranda?

PC - Um louco sonhador viajante do bem.

Veja o Videoclipe

Entrevista Relâmpago com Nara Lumière!

Quando Nara chega em algum ambiente, surpreende não só pela sua beleza, mas pela imponência de seu olhar. Essa jovem de 21 anos, tem um semblante de quem vive a vida com força, com coragem, talvez por isso e de uma forma sutil, suas amigas e amigos a olham com respeito. 
Nara, é um sopro de esperança, uma mensagem de amor em forma humana. Vamos conhecê-la um pouco mais, nesta entrevista relâmpago para o blog Cine Clipe Musical.

Nara Lumière durante as gravações do videoclipe "Alma Lavada",
foto: Camille Miranda.
Cine Clipe Musical – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Nara Lumière  – Começou há pouquíssimo tempo, entrei para o Oficena no fim de julho de 2016. Queria socializar enquanto passava por uma fase muito difícil da minha vida. Até então, não levei muito à sério a possibilidade de fazer uma peça, mas agarrei a oportunidade de apresentar “O Navio Negreiro” da melhor forma possível : mergulhei em pesquisas sobre o poema de Castro Alves, descobri que posso cantar e trabalhei isso em casa e no Curso. Depois, pude me apresentar no “Poesia de Cena” com duas poesias autorais. Foi muito bom porquê não achava que seria capaz de fazer isso tudo em tão pouco tempo.

Escrevo desde os 13 anos de idade, 
entrei para o Curso Livre de Teatro 
“Oficena” no dia 25 de julho de 2016, 
Dia do Escritor. Sou uma “
Jovem  Aprendiz  da Arte” (risos)

Navio Negreiro, primeira experiência
com Teatro, em 2016. Foto: Jiddu Saldanha
C.C.M. - O que é arte pra você?

N.L.Arte, pra mim, é vida. Vida sem arte é impossível para mim! Sempre fui apaixonada por música, e agora descobri o Teatro, que não consigo viver sem ou me ver sem...

C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

N.L.Assisti  ao “Cenas Curtas” antes de entrar para o Oficena e, quando acabou, todos se reuniram para a Ciranda. Ouvi aquela música, aquela alegria do pessoal e me emocionei muito, comecei a chorar. Foi a primeira vez que fui ao Teatro. Lembrar disso me emociona até hoje, foi mágico. Lembro do dia da apresentação do "O Navio Negreiro" também. Eu, como mulher negra, fiz “laboratório” a vida inteira para aquela peça. Mexeu muito comigo psicologicamente mas me fez me orgulhar de todo o processo, de não ter desistido.

Presença marcante no set de filmagem do videoclipe "Alma Lavada", Nara Lumière, descobrindo seu dom para o audiovisual, Foto: Camille Miranda.
Durante o evento POESIA DE CENA, em 2016, Nara Lumière encantou a platéia de Cabo Frio com seu poema premiado: "Este Teatro".

ESTE TEATRO
(Nara Lumière)

Eles vêem meus braços finos
Feito linhas do meu caderno
Pesos nas mãos, sempre me inclino
Resultado de meus excessos

Carrego pão, frutas, comida...
Nem sempre papai deixa
Ele não sabe que na vida
Nunca carreguei ameixas

Minha bagagem seria tão leve 
Tão arte, afagos na alma
A paz não seria tão breve
Seria feita apenas de calma

Não fugiria do tato
Saudades do que não vivi
Seria menos recato
Passei pelo parto, mas ainda não nasci

Já procurei por afeto
Não achei e me livrei...
Buscava por um teto 
Mas no chão ainda não pisei

Agora piso e ele é liso
Piso em pedras, elas não me machucam mais
Desperdiço risos
À procura da paz

Acho até que consegui um teto 
Há luzes em cima do palco 
Desde que teve acesso
À Casa, este Teatro!

Eles são tão acessíveis 
Chego em casa e ainda estou lá 
Transcendem todos os níveis 
Da dor, do amar, do sonhar...

Eles também sonham
Até hoje, achei que sonhava sozinha
Nada ganham
Mas a arte ainda caminha

Nestes tempos difíceis 
A arte não morreu
Prevejo saltos incríveis 
À quem nunca esmoreceu

Fortes feito madeira
Como é feito este palco
Espíritos de criança arteira 
Vozes ecoam tão alto

Por este palco
E eu ainda estou lá 
Naquele palco 
Ainda estou lá...

(Nara Lumière)


C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

Nara Lumière por Camille Miranda - 2017
N.L.Sou apaixonada por música! O Rádio tem uma influência muito grande nisso. Ultimamente tenho ouvido Soul Music, Música Francesa, Rap...

C.C.M. - Como foi, para você, viver a experiência de participar do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

N.L. – Foi maravilhoso! A música é linda, ouvi muito antes de gravar o clipe. Sou muito tímida mas a equipe me deixou bem à vontade. É maravilhoso e muito especial passar por um projeto local e as pessoas devem valorizar este clipe e esta música.

Assista o Videoclipe "Alma Lavada"




VEJA O NOVO VIDEOCLIPE COM NARA LUMIÈRE



Entrevista Relâmpago com Lorena Benevenuto.

Ver Lorena Benevenuto, circulando pelas ruas de Cabo Frio é como contemplar uma cena de um livro do José Mauro de Vasconcellos. Taí uma pessoa de alma puramente cabofriense. Por onde anda, leva sempre uma levez no olhar e um "sorriso de monaliza". Lorena é concentrada e focada, cada ação, cada momento, ele vive com um silêncio quase poético. A geração que faz do amor, uma forma definitiva de viver e compreender o outro.

Lorena, no bairro da Passagem, em Cabo Frio, sorriso leve, olhar aguçado,
presença amiga - Foto: Camille Miranda
Cine Clipe Musical  – Fale um pouco da tua vida artística, como começou e quais as suas aspirações.

Lorena Benevenuto Bom tudo começou em uma bela tarde de sábado onde eu caminhava aqui pelo bairro de São Cristóvão. Pra ser mais exata na rua das vans. Foi quando eu vi um lindo lugarzinho, debaixo de uma árvore – também linda – o Atelier do Anderson Carvalho. Entrei lá e me encontro acolhida e privilegiada por estudar Artes Plásticas com os loucos mais incríveis do mundo.

Apaixonada por Pintura e Desenho, Lorena é dessas artistas que faz da arte um caminho para a vida. Obra exposta no
Varal do Beijo, feita a partir da modelo vivo Emily Petersohn.
C.C.M. - O que é arte pra você?

L.B. Arte pra mim é sentar embaixo de uma árvore, ver o céu estupidamente azul, sentir o vento na pele, olhar pro mar. Arte não é necessariamente o que você faz – o produto final – mas sim o que te inspirou a fazer.

C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

Lorena nos bastidores do videoclipe "Alma Lavada",
foto: Camille Miranda
L.B. Nossa, eu fico emocionada vendo um sorriso no rosto de alguém. Pode ser de qualquer ser “humaninho”, uma criança, um senhor, um desconhecido, pessoas se amando. Enfim o que me deixa feliz é ver o outro – meu semelhante – feliz.

C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

L.B.  – Meus livros preferidos são: A menina que roubava livros; Simone de Beauvoir ( não lembro o nome do livro, mas era maravilhoso rs); Músicas: Exagerado, Chão de Giz, Nosso estranho amor, Flor de lis... entre tantas; Filmes: Edward Mãos de Tesoura, Titanic, Tatuagem, Como esquecer. 
Obs: Sou melancólica, e creio no amor – na maior parte do tempo.

C.C.M. - Como foi, para você, viver a experiência de participar da equipe técnica do videoclipe "Alma Lavada", comemorando os 10 anos do projeto Cinema Possível?

L.B. – Foi incrível, a experiência de participar fisicamente e mentalmente de um projeto me deixa sempre empolgada, e com aquele frio na barriga. Acho que a produção foi muito espontânea, fomos nos encaixando nas funções naturalmente tornando tudo um lindo fluido corrente, sem alterações de rota. Fiquei muito feliz pelo convite, 10 anos de Cinema Possível com esse imenso presente. Que venham mais 10, e mais clipes e mais amor. 
Axé pra todo mundo!
Assista o videoclipe "Alma Lavada"




VEJA O NOVO VIDEOCLIPE COM LORENA BENEVENUTO