quinta-feira, 9 de março de 2017

Dandara Melo: Entrevista Relâmpago com a atriz e modelo da Região dos Lagos.

Dandara Melo tem 24 anos e é filha de Yara Araujo, produtora e Daniel Guerra, músico. Estuda turismo, no CEDERJ - UFRRJ (Universidade Rural do Rio de Janeiro). Influenciada, artisticamente pelos pais, não teve dificuldades para fazer da arte, uma prática em sua vida, quer seja, como modelo ou atriz, está sempre focada.
Depois de fazer diversos cursos livres na área teatral, passou a se dedicar ao OFICENA - Curso Livre de Teatro do teatro municipal de Cabo Frio, onde, também, passou a dedicar-se ao audiovisual, através de alguns projetos que foi convidada a realizar. Integra, atualmente, o grupo "Andança por um teatro livre", em cartaz nas ruas da cidade com a peça "A Farsa do Advogado pathelin". 

Dandara Melo fotografada por Nathally Amariá - Set de filmagem do
videoclipe: "Eu Quero o que era Meu", de Daniel Guerra e Marvin Maciel
Cine Clipe Musical – Fale um pouco da tua vida artística, como atriz e produtora.

Dandara Melo – Iniciei a vida mais voltada para a música aos nove anos, quando entrei em coral escolar e comecei a tocar flauta doce. Logo em seguida fui para flauta transversa, na escola Villa Lobos. Mas, quando fui morar, aos dezesseis anos, com meu pai comecei o teatro: fiz parte de duas companhias uma profissional e outra armadora: "Encenadores teatrais" e "Triatro". Hoje, faço parte da companhia "Andança, - Por um teatro livre", do professor e diretor teatral Italo Luiz Moreira. Também trabalhei em uma produtora cultural, no Rio de Janeiro.
Além de todo o percurso dentro da música e do teatro, fui modelo, agenciada pela empresa Mega Brasil. Atuando no ramo da moda por 4 anos. Atualmente estudo no OFICENA e faço parte do projeto Cinema Possível. Acabei de fazer um ensaio fotográfico com o projeto de arte conceitual "Mala da Fama", onde fui clicada pelo fotógrafo Marcos Homem, que considero um dos melhores fotógrafos da Região dos Lagos.

C.C.M. - O que é arte pra você?

D.M. – Dentro do vasto universo somos pequenos, mas quando mergulhamos na arte, acessamos um infinito de possibilidades para transcendermos .

C.C.M. – O que mais te emociona e faz feliz?

D.M.  – A contemplação da vida através da arte é o que me faz mais feliz desde sempre. 



C.C.M. - Fale um pouco da afirmação feminina, nos dias de hoje.

D.M. – Nós, mulheres, já conquistamos muito com o passar dos anos, através de nossa luta, porém, ainda há muitas divergências em questões como a diferença dos salários, por exemplo, além das oportunidades... A mulher ainda é vista como objeto sexual, sofrendo abusos e violência até mesmo dentro de casa. Existem relacionamentos abusivos estampados nas redes sociais, nas ruas, evidenciando o estado de alerta que vivemos.
A cada 12 minutos, uma mulher é morta no Brasil. Durante o carnaval, a cada 16 segundos, uma mulher sofreu assédio nas festividades! Ainda precisamos lutar muito para equilibrar nossos diretos e ter um mundo mais justo e, principalmente, seguro.  
Sobre este assunto, escrevi este poema que costumo declamar em saraus e ventos abertos, quando me convidam. Como símbolo de luta!

 *
VEJA ensaio fotográfico
completo com a Mala da Fama:
Fotos de Marcos Homem.
Bolsonaro mito?
Não.
É pela direita que somos estupradas.
Somos vadias, meretrizes e culpadas.
Se anda sozinha.
Estava com pano curto, provocava.
Isto revolta,
Mata, destrói...
Comem nós isto dói, dói...
Somos órfã Portuguesa,
Índia caçada.
Escrava enjaulada,
Judia prostituída...
Marginalizadas,
Deportadas tudo carnes baratas.
Relacionamentos extremamente abusivos,
Mas hoje haverá resistência
A luta pelo ventre livre...
A carta de alforria desta sociedade
Hipócrita, pedante, mesquinha...

onde o sexismo e puro banquete religioso

E totalmente remorso...
Basta hoje não nós calarão!
 *
C.C.M.  – Quais seus livros, músicas e filmes preferidos?

D.M.  – livros: Revolução dos Bichos (Jorge Orwel), Segundo Sexo (Simone de Beauvoir), Otelo (William Shakespeare), entre outros.
Músicos da minha preferência: Meu pai, Daniel Guerra,  Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina, Marisa Monte.
Meus filmes preferidos são: Central do Brasil, Auto da compadecida entre tantos outros do cinema nacional.

C.C.M. - Como está sendo, para você, viver a experiência de comemorar 10 anos do projeto Cinema Possível, através do videoclipe "Eu Quero o que era meu", de Daniel Guerra e Marvin Maciel?

R -  Fico extremamente lisonjeada.  O universo conspira quando se tem gratidão pela vida, energias positivas se encontram e fazem o projeto acontecer e ser esta coisa linda que foi todo o processo e agora, o resultado tão agradável.

CURTA O VIDEOCLIPE






Cinema Possível, uma homenagem às Mulheres.

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